Várias vozes já estão pedindo ao governo que defina uma política de incentivo para a geração de energia a partir do biogás (combustível oriundo da decomposição de materiais orgânicos) e do biometano (gás resultante da purificação do biogás). Renata Isfer, presidente-executiva da Abiogás (Associação Brasileira de Biogás) e ex-secretária de Petróleo, Gás e Biocombustíveis de Minas e Energia, é uma delas.

Em entrevista à Agência iNFRA,ela lembra que tanto o biogás, como o  do biometano, obtido do biogás, podem ser usados para geração de energia elétrica. Contudo, ressalta ela, ainda não existe mecanismo de política pública que considere as vantagens dessas fontes na geração energia elétrica.

“Sempre teve essa discussão de você precisar de termelétricas para ter segurança, mas as termelétricas são fósseis”, ressalta. Em contrapartida, as energias renováveis – como a solar e a eólica – são, em geral são intermitentes. Para ela, no entanto, o biometano e o biogás são uma opção de renovável que gera potência, mas que também contemplam o aspecto da segurança energética. 

Segundo ela, na disputa em leilões de reserva, os quais tradicionalmente se balizam apenas no preço da energia, as termelétricas a biogás acabam não sendo competitivas. De acordo com Renata, contudo, chegou a hora de o governo adotar uma política pública estruturante, de forma a permitir às termelétricas a biogás um ganho de escala, beneficiando a segurança energética brasileira, com base em energias limpas.

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