A redução de emissões líquidas de gases causadores das mudanças climáticas é viável. A meta – conhecida como net zero, que implica em limitar o aquecimento global a 1,5 ̊C – existe, assim como o caminho para se chegar a ela. No seu bojo, os gastos com energia limpa devem aumentar de US$ 1,8 trilhão em 2023 para US$ 4,5 trilhões anuais no início da década de 2030.
É o que prevê Agência Internacional de Energia (AIE) que publicou, em fins de setembro, a edição 2023 do Roteiro Net Zero – um relatório atualizado sobre as tendências do setor de energia em nível global. O documento apresenta dados e sinaliza caminhos para a redução das emissões de gases que impactam as mudanças climáticas. Ressalta, ainda, a relevância das energias renováveis nesse percurso, com forte crescimento das tecnologias voltadas a apoiá-las. No caminho net zero atualizado este ano, a capacidade global de energia renovável deve ser triplicada até 2030.
Biocombustíveis
Em linha com o cenário global de avanço das fontes alternativas de energia e biocombustíveis, o Brasil registrou uma significativa expansão da geração de biogás e biometano. A informação é do Panorama do Biogás no Brasil 2022, lançado recentemente pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás).
O estudo confirma a importância da fonte para o desenvolvimento da bioeconomia no país e revela que em 2022, 114 novas plantas de biogás começaram a operar, o que representou um crescimento de 15%, em relação a 2021. De acordo com o documento, o Brasil possui 936 plantas instaladas, sendo que 885 unidades estão em operação produzindo aproximadamente 2,8 bilhões Nm³/ano de biogás com aproveitamento energético.