Boas novas no horizonte. Há indícios de que os motores da economia estão começando a se reaquecer. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informa que o consumo de energia elétrica cresceu 4% em junho sobre o mesmo mês do ano passado, totalizando 42,5 mil GWh. Já, o mercado livre de energia, no mesmo mês, apresentou um consumo maior a média do restante do País, alcançando um avanço de 5,4% ante igual período em 2022.

Quando olhamos para a consolidação do primeiro semestre inteiro, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) calcula que o consumo de energia elétrica tenha aumentado 1,4%, na comparação com do mesmo período em 2022, batendo em 66, 7 mil megawatts (MW) médios. Na conta da CCEE, o mercado livre registrou uma alta de 5,2% no primeiro semestre. Essa expansão veio impulsionada pelo forte ritmo de novas migrações para esse ambiente de contratação. 

Na prática, quem se abastece de energia por meio do Mercado Livre se desvincula juridicamente dos contratos com a sua distribuidora local e passa a comprar livremente a sua energia de geradores – direta ou indiretamente, via comercializadoras especializadas ou comercializadoras varejistas – por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O fio por onde recebe a energia continuará sendo o mesmo, mas cessa o vínculo jurídico com a distribuidora local. Ele passa a comprar a sua energia por meio de contratos, que variam entre si conforme a negociação entre as partes, a um custo fixo. Sobre eles incide apenas a variação da inflação anual. Também o índice do reajuste da inflação após doze meses pode acertado diretamente entre quem vende e quem compra eletricidade.

Traduzindo em miúdos, ao negociar os seus contratos de energia, o empresário conquista uma segurança importante, uma vez que não fica mais à mercê da variação de preços de bandeiras amarela ou vermelha, ou às taxas cobradas sobre o horário de pico de consumo de energia. 

Outra importante vantagem do Ambiente de Contratação Livre (ACL) de energia é que, quem contrata por meio dele pode, inclusive, determinar de qual fonte de energia quer consumir, privilegiando, por exemplo, as renováveis, como hidráulica, eólica, solar ou biomassa. No caso dos pequenos consumidores, aliás, os contratos são obrigados a se basearem em energia renovável. Mas, para muito além de uma afirmação de uma consciência ecológica, essa política permite às empresas obterem certificados que atestam que consomem energia limpa, os quais podem ser usados em seus relatórios de ESG e em seus balanços.

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