Para evitar um comprometimento ambiental o Ibama efetuou desde outubro de 2020 uma sequência de alterações mensais na vazão de Belo Monte, que reduz a geração de energia da usina, podendo aumentar o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) em até R$40,00 caso o novo hidrograma imposto pelo Ibama em janeiro de 2021 continue durante o ano.
Alterações dessa magnitude necessitam de uma previsibilidade de um mês para serem consideradas na formação de preços, sendo contabilizados como encargo em respeito ao Art. 3º § 1º da Resolução CNPE nº 07/2016.
A Aneel já busca a reversão do hidrograma feito pelo Ibama, em busca de evitar um impacto de até R$10 bilhões em 2021 segundo o presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico (FASE) Mário Menel, que seria equivalente ao montante acumulado do GSF durante 6 anos.
Luiz Augusto Barroso, presidente da consultoria PSR, afirmou que em 2021 teremos um Sistema mais estressado, com maior liberação de usinas térmicas, mas com um risco de racionamento ou desabastecimento quase nulo.
Essas distorções no setor elétrico só ressaltam a necessidade de modernização do mercado, em pauta com a PLS 232/16, cuja aprovação é esperada no primeiro semestre de 2021 pelo ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, alocando adequadamente os custos e riscos.