As migrações para o mercado livre de energia desde a sua abertura em 1º de janeiro impressionam. Para se ter uma ideia, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), as 3.966 migrações realizadas em janeiro e em fevereiro representam a metade do que foi registrado em todo o ano de 2023.
Também dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vão na mesma direção. Em um levantamento obtido junto a comercializadoras, a Agência chegou ao número de que perto de 18 mil unidades consumidoras estavam em processo de migração para o mercado livre de energia sob varejistas, ao final de fevereiro. Seriam 17.474 unidades consumidoras em processo de migração, somando778,09 MW médios, e com uma demanda média de 150 kWh.
A Migratio Energia vem contribuindo para engrossar as estatísticas. Até março passado, foi responsável, por meio de seu braço varejista, por mais de 70 migrações. “Estamos falando aqui de clientes novos vindos dos mais variados segmentos: de igrejas a padarias, passando por escolas, pequenas indústrias e comércios”, comenta Hélio Lima, sócio-diretor da empresa. Segundo ele, o que essas empresas têm em comum é a vontade de economizar e de ter uma conta de energia previsível, sem variações de preços.
Em São Paulo, entre as principais distribuidoras a verem sua base migrar estão a Enel, que tem mais de 90 MW médios em processo de migração, e a CPFL Paulista, com 59 MW médios, ou 1.594 unidades consumidoras.