As distribuidoras de energia estão mais cautelosas em relação a compromissos futuros. Segundo análise publicada pelo Valor Econômico, o motivo se dá por uma combinação de fatores que reúne crescimento econômico limitado, mudanças no perfil de consumo e uma regulação que exige níveis mínimos de contratação nos leilões de energia existente.
Nos últimos anos, o cenário vem sendo marcado por um excesso de energia no portfólio das distribuidoras. A migração de grandes consumidores para o mercado livre cria um descompasso entre os contratos já firmados e a demanda efetiva. Ao mesmo tempo, o aumento dos sistemas de geração própria diminui ainda mais a demanda das distribuidoras, o que, por sua vez reduz a necessidade de contratos de longo prazo.
Como isso se refletiu nos leilões? O leilão para suprimento imediato, a partir de janeiro de 2025, movimentou R$ 4,6 bilhões, por 17 distribuidoras, uma demanda superior ao dobro da observada nos leilões de 2023. O leilão para suprimento a partir de 2026, por sua vez, teve resultado mais modesto e o certame para suprir energia a partir de 2027 terminou sem propostas, o que comprova a cautela das distribuidoras em assumir compromissos de longo prazo. Clique aqui para conferir a matéria completa.