O setor elétrico brasileiro – SEB passa durante o ano de 2021 pela maior crise hídrica do histórico de 91 anos registrados, que originou a adoção de medidas extraordinárias para se evitar um racionamento no suprimento de energia elétrica e a preservação dos reservatórios hidrelétricos, como a instituição da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética – CREG, liderada pelo ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que promoveu em prol da segurança energética ações como a portaria para ofertas de Geração Térmica Adicional e o programa de Redução Voluntária da Demanda.
Para arcar com a elevação dos custos, a CREG instituiu a nova bandeira tarifária “escassez hídrica” para o mercado cativo de energia, com um custo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumido. Já no mercado livre a cobrança pelo custo adicional se dá pelos Encargos de Serviços do Sistema – ESS, que são rateados por todos os clientes livres com base em seu consumo.
A partir disso, o valor financeiro a ser aportado pelos clientes livres em solicitação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE estão bastante elevados, com um custo de $ 4,6 bilhões para outubro, segundo a CCEE. Por outro lado, devido ao alto valor do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD nos últimos meses, a Conta de Energia de Reserva – Coner conseguiu arrecadar montante maior que o necessário, com um repasse de excedente financeiro estimado em R$ 1,1 bilhão, que será abatido do valor dos encargos a serem aportados.
De acordo com a CCEE, do valor estimado para os encargos de outubro, R$ 4,5 bilhões serão referentes a segurança energética (97,8%).
Além desses custos, também tivemos incorporado os valores referente a Geração Térmica Adicional – GTA, cum custo adicional de R$ 458.161.238,74, que representa 9,74 R$/MWh, e da Redução Voluntária da Demanda – RVD foi de R$ 7.420.862,66, representando um custo médio na ordem 0,15 R$/MWh.
Assim, o valor final ficou em cerca de R$ 4 bilhões.