O governo se prepara para que o sistema elétrico nacional comporte a forte expansão das energias renováveis. Só entre janeiro e agosto de 2023, entraram no sistema elétrico nacional 6,2 GW das fontes solar e eólica. Um recorde em solar e o segundo melhor resultado em eólica na série histórica do País. Mas, para escoar a capacidade dos novos centros de geração para o Sudeste, que concentra boa parte do consumo nacional, o governo quer ampliar, em paralelo, a capacidade de transmissão. Neste contexto, o último leilão de linhas de transmissão realizado dia 15 de dezembro, com um deságio médio 40,85%, foi um alento. São esperados investimentos acima dos R$ 18 bilhões para cerca de 1,5 mil quilômetros de linhões, entre Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
Em março um novo certame é esperado para a construção e manutenção de outros 6.500 quilômetros de linhas de transmissão. O leilão também deverá compreender a capacidade de transformação de 9.200 megawatts (MW). Ao menos 6 lotes dos 15 anunciados deverão comportar investimentos maiores do que R$ 1 bilhão. Um terceiro leilão do setor está previsto, ainda, em setembro de 2024.