Não se sabe ainda quem tem a aposta mais certeira – se as 110 mil empresas calculadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME), ou se as 72 mil, estimadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O fato é que a esperada abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores de alta tensão – prevista pela portaria 50 de 2022 – enfim, chegou e é uma realidade desde 1º. de janeiro deste ano. Elas deverão engrossar as colunas de 38 mil empresas que já se beneficiam do modelo de compra de energia, mediado por comercializadoras ou diretamente com os geradores. Essas empresas agora podem escolher seu fornecedor e estabelecer contratos por fonte, prazo e preço.

O Mercado Livre de Energia, até o ano passado, era restrito apenas a consumidores de energia com demanda contratada acima de 500 quilowatts (kW). Na ponta do lápis, isso representava, em sua maioria, contas de luz com valores que ultrapassam R$ 100 mil por mês. Com a abertura, será possível a empresas com contas a partir dos R$ 8 mil mensais também se beneficiarem da contratação de energia em novos moldes. 

A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia estima que o volume de novos entrantes este ano fique na casa das 20 mil unidades em 2024. Já a Migratio calcula que em Limeira (SP) e em seu entorno existem 5 mil empresas com potencial de migração para o mercado livre. As novas empresas, no entanto, só poderão fazê-lo por meio de uma comercializadora varejista. As comportas estão abertas!

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