Em janeiro de 2022 o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu limitar o despacho de termelétricas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) às usinas com e sem Custo Variável Unitário (CVU) de até R$ 1.000/MWh, além de manter o teto de despacho de termelétricas de até 15 mil MW médios. Já na última reunião (02/02) o CMSE reavaliou as condições de suprimento ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e optou por reduzir o teto do despacho de termelétricas, já considerado os montantes importados, de 15 mil MW médios para 10 mil MW médios, enquanto as usinas despachadas pelo ONS passam de um CVU de até R$ 1.000/MWh, para até R$ 600/MWh.

As reduções vão em sentido a redução dos custos de operação destinados aos consumidores, principalmente em relação aos altos valores dos encargos de serviço de sistema – ESS cobrados nos últimos meses. A estimativa de cobrança a ser rateada pelos consumidores no mercado livre referente ao mês de janeiro é, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), de 2,7 bilhões, sendo 96% dos custos referente a segurança energética, oferta termelétrica adicional e importação de energia. O montante financeiro já reflete uma redução em cerca de 31% do valor de dezembro e redução de 48% em comparação com novembro, meses em que os custos relacionados ao despacho termelétrico representaram 97% dos encargos.

Em relação a recuperação dos reservatórios do SIN, o ONS apresentou que o volume do SIN atingiu 49,4% ao final do mês de janeiro, 5,1 p.p. acima do previsto. Para o final de fevereiro de 2022, a expectativa para o armazenamento do sistema é entre 55,2% e 60,6%, bem acima dos 38,3% verificados no mesmo período de 2021.

Fonte: CCEE, MegaWhat.

Por: João Victor Bonora - Middle Office | Migratio Energia.

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