Julho foi alvo da primeira bandeira amarela desde abril de 2022. Motivo? Um cenário que mistura temperaturas médias mais altas em boa parte do território nacional, a previsão de chuvas, também abaixo da média histórica, e um aumento da carga – muitas vezes associado a um maior consumo de refrigeração e uma economia com um desempenho bom. Tudo contribuindo para que os reservatórios das hidrelétricas no país passem a conter, gradativamente, um menor volume de água, trazendo um maior risco ao sistema no médio prazo. No início do mês, Norte registrava 91,2% de capacidade em suas hidrelétricas, Nordeste 69,3%, Sudeste e Centro-oeste 67,6%, assim como Sul 88,2%. Todos com queda em seus níveis, variando de menos 0,2% a menos 2,2%.

O contexto, portanto, levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a determinar a elevação na tarifa em R$ 1,88 para cada 100 kW/h consumido, a fim de cobrir possíveis gastos com os acionamentos das termelétricas, cujas energias são significativamente mais caras que a hidrelétrica. Esses acionamentos, no entanto, serão efetuados “com parcimônia”, garantiu, em nota do Operador Nacional do Sistema Elétrico. O ONS, inclusive, informou que passará a remanejar o uso de estoque de água nas hidrelétricas. Poupando, por exemplo, o reservatório de Porto Primavera para preservar a Bacia do Paraná, em detrimento dos estoques da cabeceira de Furnas e da Bacia do Parnaíba ao longo de julho. Já no Sul, o objetivo será o de maximizar a geração quando possível. 

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