A parceria entre a Grupo ASJA  e a Migratio Bioenergia vai transformar em eletricidade os resíduos de aterros sanitários pertencentes ao Grupo Ecosolo, dos municípios de Campina Grande e Guarabira, ambos na Paraíba. 

A parceria prevê investimentos de R$ 40 milhões para construir duas usinas de biogás com uma participação de 70% da ASJA e 30% da Migratio Bioenergia. Ambos os empreendimentos terão potência instalada de 2,5 MW. Somados, gerarão em torno de 40 GWh/ano, equivalente ao abastecimento de 20 mil famílias. O primeiro empreendimento, em Campina Grande, terá seu projeto entregue no final ano. O de Guarabira, tem previsão de ser inaugurado no primeiro início de 2025. Ambas as operações serão interligadas à rede da Energisa Paraíba e terão equipamentos Jenbacher, importados da Áustria.

A energia gerada será compensada no modelo de geração distribuída (GD), quando a geração de eletricidade que é realizada junto ou próxima dos consumidores. Isso permite uma importante redução nos custos de sua transmissão pelos consumidores e evita os impactos ambientais normalmente decorrentes da geração centralizada.

Créditos de carbono na equação

Créditos de carbono também fazem parte da equação financeira dos dois projetos. Em Campina Grande, a estimativa é que a geração de energia a partir do aterro equivalha a 1,4 milhões de créditos de carbono em 14 anos. No caso de Guarabira, o cálculo são 600 mil créditos de carbono. 

O Grupo ASJA é referência global na geração de energia e produção de biometano, a partir de biogás proveniente da decomposição dos resíduos em aterros sanitários, e é uma das líderes no segmento no Brasil. 

“Transformar resíduos em recurso é o princípio sobre o qual a ASJA foi fundada e que continua a inspirar a nossa atividade de desenvolvimento de projetos de aproveitamento energético de biogás. A economia circular do biogás representa um modelo sustentável, transformando resíduos orgânicos em fontes valiosas de energia renovável”, afirma Rickard Schäfer, Diretor Geral da ASJA Brasil.

Segundo Schäfer, as usinas de Campina Grande eGuarabira, além de coletar o biogás produzido pelos resíduos, aumentando, assim, a segurança do aterro sanitário e melhorando a qualidade do ar, beneficiarão toda a região, promovendo a inclusão social, o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. “A conclusão deste importante projeto, em um mercado que será central nos nossos planos de desenvolvimento para os próximos anos, é uma grande conquista para a ASJA. Acreditamos que esses projetos serão fundamentais para consolidar o papel da ASJA como um agente de transformação e crescimento nas áreas onde atuamos”, acrescenta.

Da comercialização à geração

“Se de início trabalhávamos na comercialização da energia proveniente do biogás, hoje chegamos também à geração”, afirma Hélio Lima, sócio-diretor do Grupo Migratio. Ele lembra que “a Migratio e a Asja já trabalham juntos há mais de sete anos, o que pavimentou uma sólida relação de confiança entre as partes.”

A Migratio Bioenergia faz parte do Grupo Migratio, que é uma referência nacional na venda de energia proveniente dos aterros sanitários, tendo atuado como uma das principais consultorias regulatórias e comerciais desse setor.

“Nosso time já assessorou mais de 40 projetos nessa fonte de geração para os principais grupos nacionais e estrangeiros que atuam nesse segmento, totalizando mais de 145 MW de potência instalada,” explica Fábio Saldanha, também sócio-diretor do Grupo Migratio. A empresa possui forte conhecimento dos mercados regulados e voluntários de créditos de carbono internacionais. “Esperamos que sejam os primeiros de vários projetos frutos dessa importante parceria com a ASJA, contribuindo para tornar mais acessível a energia a partir do biogás e para um mundo cada vez mais sustentável”, conclui Saldanha.

Dados da ABiogás (Associação Brasileira do Biogás) indicam que o Brasil apresenta o maior potencial energético de biogás do mundo, estimado em mais de 78 bilhões de Nm³ por ano. Esse potencial é capaz de suprir quase 40% da demanda nacional de energia elétrica ou substituir 70% da demanda brasileira de diesel. 

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