Depois de meses de muita negociação, idas e vindas, Brasil e Paraguai assinaram, enfim, um acordo para reger as tarifas de energia para a Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, que incidirão sobre o lado brasileiro. Assim, a tarifa da energia passa dos atuais US$ 16,71/kW para US$ 19,28/kW, um aumento de 15,4%. Contudo, o preço da energia elétrica cobrado no Brasil não impactará os consumidores no país, já que a metade brasileira da usina irá injetar US$ 900 milhões para compensar o reajuste. O dinheiro – algo próximo a US$ 300 milhões por ano entre 2024 e 2026 – virá do plano de investimentos da empresa. O novo valor vale para o triênio entre 2024 e 2026.

Outro aspecto do acordo determina que, após 2026, o Brasil não será mais obrigado a comprar o excedente de energia do Paraguai pelo valor definido pelos dois governos. A partir desse momento, o Paraguai vai oferecer ao Mercado Livre de Energia brasileiro o excedente de energia que, até aqui, vinha sendo destinado ao ambiente de contratação regulada (ACR). 

Após essa data, o cálculo da energia de Itaipu levará em conta apenas o custo operacional da usina. Atualmente, parte dele diz respeito aos custos da construção de sua construção, a qual foi concluída há exatos 50 anos. Na prática, informa a Folha de São Paulo, a tarifa de Itaipu já poderia ter caído para US$ 10,77 no ano passado, quando a dívida para a construção da hidrelétrica foi quitada. A partir da quitação do empréstimo feito para a construção da usina, o preço a ser pago pelo lado brasileiro tende a ficar entre US$ 10 e US$ 12.

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