De um lado, mudanças climáticas levando a uma maior intensidade e recorrência de intempéries – como ventos superando os 140 km/h e chuvas semelhantes a torrentes de água. De outro, o aumento de investimentos do setor elétrico e melhoras nos indicadores de níveis de serviço. No meio de tudo isso, o consumidor de energia, que, cada vez mais vem sofrendo com apagões. Esse complexo quadro ganha dados e uma análise de fôlego na matéria “Qualidade da energia preocupa setor”, do Canal Energia.
O texto ressalta a recente a sequência de apagões, a exemplo do sofrido em São Paulo, na área da Enel, em 19 de março, quando consumidores na capital paulista chegaram a ficar mais de 60 horas sem eletricidade. A distribuidora, aliás, está em pleno inferno astral. Terá de arcar, por exemplo, com uma multa de R$ 165,8 milhões aplicada em fevereiro por conta do apagão em 3 de novembro de 2023, quando mais de 4 milhões unidades ficaram sem energia.
Segundo o site especializado em energia, aumenta a irritação das autoridades com o tema. O ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia, exige mais explicações da Enel. Também o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, dá o seu recado: “A tolerância do consumidor para interrupções prolongadas simplesmente não existe mais”.
Mas a questão não é simples, uma vez que os índices de duração (DEC) e frequência (FEC) das interrupções, de fato, têm ficado em linha com a régua de conformidade do regulador. Informa o Canal Energia que o DEC reduziu de 18,73 horas em 2015 para 10,43 horas em 2023, e FEC de 9,93 para 5,24 interrupções (Aneel). O texto traz, ainda, gráficos e uma análise detalhada do que promete ser, por algum tempo ainda, uma grande dor de cabeça para todos os envolvidos – autoridades, distribuidoras e consumidores de energia. Vale a pena conferir!